O sol sobe seus degraus
E eu desço os meus
Antíteses condenadas
A um mesmo fim
Manchas não se lavam
Feridas anestesiadas
Não são esquecidas
Afogadas em rancor
O corpo moribundo
Daquele que um dia foi
Hoje está perdido
Numa pilha de lembranças
Hoje a sombra
Não procura a luz
Pois ela sabe que o sol
É o mais solitário de todos
A guilhotina de ponteiros
O chicotear das horas
Entorpecer, atormentar
Enfraquecer, suportar
Ceder, esquecer, entregar
No raiar do terceiro dia
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4 comentários:
Ah, criou coragem e liberou os comentários!
Nos primeiros versos eu tive certeza de que era o Yohan.
Enfim, achei excelente, especialmente em se tratando do primeiro poema.
Não se trata de coragem. Se trata de não ter muito o que comentar. Este poema só faz sentido se você tiver 17 anos, um gosto incomum por música exótica, um minúsculo senso de ridiculo e se o seu nome for Welker. Não que eu esteja reclamando, mas é que foi o meu primeiro poema, sabe...
Se todo poeta pensasse assim, seria de se espantar que fossem escritos poemas!
Que implicância com o nome. Rs.
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