terça-feira, 15 de abril de 2008

Posando de Indie Again

Hoje fui ter com o [CENSURADO POR MOTIVOS PESSOAIS], tomar uns chopes e olhar bem pra cara dele, porque amigo assim não se acha em qualquer lugar para se passar o resto da vida sem vê-lo de perto. Levei na ochila o Lanark - Uma Vida em Quatro Livros mas ele não apareceu. Agora há pouco eu vi que ele me deixou uns scraps dizendo que não poderia comparecer, então está tudo bem. A culpa foi minha por não ter lhe dado o meu telefone. Mas em todo caso, após passar uma hora esperando eu decidi ir beber sozinho. Tomei dois chopes (um claro e outro escuro, um tal de Bhrama Black, 'mais cremoso, doce, bem leve') e um capuccino médio, no mesmo lugar em que tomei o leite quente. E dessa vez eu acertei! Fui atendido por um simpático sujeito de bermuda, que devia ser o gerente, que anotou o meu nome num copo eme cobrou adiantado. Mas diferentemente do outro dia, ele me alertou que prexisava adoçar a bebida. Então eu pus dois sachês de açúcar e fui degustar o meu capuccino com chocolate e canela do lado de fora, acompanhado dos meus LA's de menta. Vi uma moça, numa mesa distante fumando e escrevndo ao terminar café. Decidi imitá-la (estava ainda sob efeito dos chopes) e tentei escrever um poema, que ficou horroroso, dedicado a um antigo amor, mais antigo que Amanda Garcia, e que fui reencontrar esses dias.

Na verdade, agora me encontro sob efeito dos chopes, dos cigarros e do delicioso capuccino, e or isso esse texto termina tão brevemente e sem sentido algum.


Se alguém quiser ler o poema, me avise.
Obrigado.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Posando de Indie

Lá estava eu, com dinheiro no bolso e tempo de sobra, porque eram apenas dez e pouca da manhã e eu só iria trabalhar às duas da tarde. Decidi fazer o que as pessoas com tempo e dinheiro fazem, uma coisa que eu nunca tinha feito antes: caminhar a esmo e gastar. Uma colega me disse que tinha aberto uma nova livraria no pátio do Norteshopping. Decidi ir até lá. Depois de olhar muito rapidamente à minha volta, comprei uma revista chamada História Viva, da qual nunca tinha ouvido falar. Na capa, uma foto preto e branco de uma jovem com o punho erguido. "1968". O preço, de 10,90, não me assustou nem um pouco, afinal, eu simplesmente não sabia no que gastar e tinha bastante dinheiro. Saindo do local eu passei em frente a um desses cafés que vendem cafés por um preço absurdo. Decidi tomar um, porque, ora, eu estava com uma revista de história da qual pouca gente já ouviu falar, cuja matéria de capa interessava a pouquíssimos indivíduos e que me havia custado o olho da cara. Sim! Que outro lugar melhor para se ler uma revista assim do que um café onde pouca gente teria coragem de parar para tomar café?

Eram muitas opções. Depois de matutar brevemente, levando em consideração o tamanho, o sabor e o preço, eu optei por um "Caffé Latte médio", que vinha com espuma de leite vaporizado. 355 ml, 4,90. O pequeno custa 4,50 e o grande 5,50. Aí me serviram a bebida num daqueles copos térmicos super estilosos que a gente vê nos filmes. E eu, muito imbecil, tirei a tampa e dei uma golada com vontade, queimando feio a minha língua. Mas foi uma queimadura diferente. Ela não deixou a boca salivando. Eu não sei explicar, só sei que não foi tão feia quanto as queimaduras que normalmente afetam a nossa língua. Pois bem. Na parte de cima, só dava para sentir o leite. "Genial", pensei, "primeiro a gente bebe a espuma do leite e depois o café". Então eu cruzei a perna e fiz uma cara de dor de barriga que dizia "nossa, seres humanos me cansam" e fiquei lendo a revista. Aí foi passando o tempo, eu folheando a revista sem conseguir focar a atenção, e quando deu uns quinze minutos e eu só tinha conseguido beber dois dedos do tal café, me ocorreu que aquilo poderia não ser café. Foi quando eu olhei de novo para a tabela de preços que eu havia olhado por tanto tempo e percebi que de fato, o Caffé Latte NÃO era café expresso com espuma de leite vaporizado, e sim LEITE expresso com espuma de leite vaporizado. Trocando em miúdos: eu havia gasto cinco reais num copo de leite quente. E pra completar, apareceu uma tiazona que pediu um café e uma água! Se eu soubesse que serviam café simples eu teria pedido um. (A tabela dos cafés não-simples oscilavam entre 7 e 9 reais...).

Então eu pus a tampa de volta, enfiei a revista na mochila, paguei (sem esperar os dez centavos de troco, pois isso seria uncool demais) e fui-me embora pro ponto de ônibus, com meus tênis encardidos, minha mochila jeans e meu casaco de malha preto, enquanto que com a mão esquerda eu segurava as minhas calças (havia esquecido de pôr o cinto) e na direita, o copo de caf... digo, de leite quente, que decidi levar pra casa para comer biscoitos.





PS: eu só fiz esse passeio relâmpago porque estava de posse do Riocard do colégio estadual onde eu estudava. Acho um absurdo pagar 2,10 numa passagem de ônibus.