quarta-feira, 9 de julho de 2008

No Ônibus Azul...

Um ponto de ônibus nunca foi um lugar muito querido de minha parte, mas lá estava eu. Sempre achei o transporte público parecido com um carro de boi, onde os transportados possuem olhares e mentes vazias, mas ainda assim tive que pegar um ônibus, afinal, treinos de parkour sempre me deixam entusiasmado e disposto a fazer qualquer coisa. Esperei os mais longos 30 minutos da minha vida até o transporte chegar, cheio de gente.

Sabia que tinha que pegar um ônibus de cor azul que subisse a Avenida Paulista, mas pela impaciência e vontade de chegar no treino peguei o primeiro ônibus que pareceu azul para mim. O ônibus estava cheio de gente que parecia estar vendendo legumes frescos na feira, ou que teria uma fragrância natural de hortaliças da roça. Comecei a achar estranho o ônibus fazer curvas numa avenida reta e resolvi perguntar ao cobrador para onde o ônibus ia, até que fui gentilmente alertado que a passagem custava R$2,30.

Com medo de rir na cara do pobre cobrador que não entendia as minhas perguntas, resolvi confiar em minha intuição. Alguns minutos se passaram até perceber que peguei o ônibus certo, o que me deixou feliz por ainda saber diferenciar cores. Quando a hora havia chegado, dei o sinal para sair do ônibus e esperei até que abrissem a porta, que para minha surpresa, não abriu. Passou-se um ponto, dois pontos de ônibus, até que uma massa de civis irritados gritou que queria descer do ônibus, para a minha sorte.

Desci do ônibus na esperança de não encontrar tanta gente com cheiro de cebola tão cedo, apesar deles terem sido úteis quando houve necessidade. Enfim, tracei meu caminho até o lugar
marcado para o treino, sentindo uma vontade violenta de tomar sopa.

3 comentários:

ex-amnésico disse...

Linha Mercadão-Paulista?!

Esses comboios humanos estão cada vez mais estranhos!

E afinal, conseguiu treinar ou o ronco no estômago atrapalhou?

Welker disse...

Ainda pego ônibus por não saber andar de bicicleta.

Até que consegui treinar, mas depois não me aguentei e comi um miojo na rua...

R. S. Diniz disse...

Miojo... na rua?!


E... ônibus rende muita história! Puta que pariu!