domingo, 3 de agosto de 2008

Doppelgänger?

Foi muito rápido e forte. Fui empurrado para o lado com tamanha força. Não pude nem ao menos me defender do soco que tomei na cara. Levantei-me e tomei impulso para revidar o soco. Ele caiu no chão com a mão sobre o lugar onde acertei. Deixei meu corpo agir sozinho quando lhe dei um chute ainda no chão. Ele rolou a certa distância, mas pôs se de pé e mergulhou de cabeça me acertando em cheio na barriga. Voltei a cair no chão, dessa vez junto com meu adversário. Meu corpo voltou a reagir sozinho quando me utilizei de um daqueles movimentos dignos de um canguru, usando as pernas para arremessá-lo de cima de mim. Sucesso, mas num mortal para trás ele voltou a ficar de pé. Levantei-me o mais rápido que pude e saltei para iniciar outro ataque colérico. Ele também se preparou para outro ataque. Nossos movimentos são coreografados, como numa luta cinematográfica. A fadiga começa a incomodar e sou obrigado a me movimentar lentamente, para descansar. O cansaço foi o que meu oponente esperava para me golpear. Ele não parecia cansado, muito pelo contrário, estava sedento por este momento. Com socos e chutes violentos e indefensáveis, fui nocauteado por alguém que nem sabia porque me batia. Quando achou que era o suficiente, cessou o espancamento e revelou seu rosto. Uma versão confiante, saudável e irada de mim mesmo estava ansiosa para acabar comigo. O ultimo golpe foi o suficiente para me fazer acordar no meio da noite, de susto e com uma enxaqueca horrível.

2 comentários:

ex-amnésico disse...

Como eu sou um puta desmancha-prazeres, vou te falar: você sonhou que era William Wilson, de E. A. Poe!

Será que nunca ganharemos uma briga com o nosso 'outro'?


Mas, falemos a verdade: que foi um puta sonho, ora se foi!!!

Welker disse...

Pois é...

Eu venho tido sonhos exóticos ultimamente. Preferia os meus antigos, quando eu ganhava o Super Ball com uma banda de punk rock californiana...