quinta-feira, 19 de junho de 2008

O Mundo e Seus Interesses

Tentem imaginar a situação: Uma rua movimentada, pessoas com pressa e uma bela jovem, aparentemente carente, esperava algo ou alguém num banco de praça. Estando na mesma situação, exceto pela carência, me aproximei dela e comecei uma inocente conversa.

- Oi! Tudo bem?

- Oi! Tudo. E com você?

- Ah, eu estou bem. Dia ensolarado, hein...

- É mesmo.

- Você mora aqui perto?

- Sim, moro ali do lado.

- Hum. Mora sozinha?

- Não, moro com a minha mãe.

- Sei... Tem cachorro?

- Não.

- Gato?

- Não.

- Papagaio?

- Não.

- Tem algum bicho de estimação?

- Tive uma chinchila uma vez.

- O que aconteceu com ela?

- Morreu.

- Ah, pergunta boba a minha. Ela não poderia ter se formado em Harvard.

- Hahahaha... Você é engraçado.

- Ah, gentileza da sua parte.

- E quais são suas intenções comigo?

- Não, eu só queria saber as horas.

Esta é uma história real. E talvez ela se repita por toda a eternidade, portanto, não fique feliz caso alguém que você desconhece a identidade comece a conversar com sua pessoa sem querer algo em troca. E, um comentário à parte, é muito divertido conversar com estranhos.

2 comentários:

ex-amnésico disse...

Conversar com estranhos é divertido? Que pena, nunca vou saber como é!

Porque eu é que sou sempre considerado estranho...

R. S. Diniz disse...

Nossa! Só podia ser você o autor desse texto!

Eu fiquei pensando: quem de nós falaria com um estranho?


Não há dúvidas: de todos os Doentes, és o mais saudável de todos nós, meu primo!